O que é carga elétrica?




A descoberta da eletricidade remonta ao ano 600 a. C. , época em que o filósofo grego Tales de Mileto observou que o âmbar, uma resina fóssil, após ser atritado com um tecido de seda, atraía pequenas folhas de árvores. Eléktron em grego significa âmbar. Mais de dois mil anos depois seria nomeada de elétron, a partícula elementar responsável pela eletricidade, uma referência ao âmbar.

Da observação desta atração de folhas pelo âmbar até a descoberta do elétron em 1906, um longo caminho foi trilhado por diversos cientistas e várias relações foram feitas com outros fenômenos, dentre eles a descoberta da eletricidade animal, além do campo magnético gerado por corrente elétrica.

Em 1750 Benjamin Franklin, na tentativa de explicar as forças de atração e repulsão entre objetos, tais como barras de vidro atritadas com seda, criou o conceito de carga elétrica. Segundo Franklin a eletricidade seria semelhante a um fluido, transferido entre os dois objetos através do atrito.

Como as forças eram, dependendo do material, de repulsão ou atração, Franklin propôs que haviam dois tipos de carga elétrica. Convencionou chamá-las: cargas positivas e cargas negativas.


Sugestão de livro - Convite à Física



     Livro pequeno, de 150 páginas e bibliografia incrível. Embora pequeno deve ser lido com calma e reflexão. Os capítulos do livro são divididos de acordo com os principais objetos de estudo da Física: Espaço e movimento, passando por Calor, Tempo, Luz, Campo, Réguas e relógios, Ondas e o último capítulo A partícula e o observador! O observador em Física é aquele que observa, pode ser eu, você, ou até mesmo o seu cachorro. Fica a pergunta: Por que o observador possui um papel especial nas teorias da Física moderna?

Sugestão de livro - Luz sobre os campos


Faraday & Maxwell. Luz sobre os Campos é da coleção Imortais da Ciência da Odysseus Editora. Seu autor, o físico Frederico Firmo de Souza Cruz da Universidade federal de Santa Catarina (UFSC) nos conta de forma apaixonante a história de como Michael Faraday e James Clerk Maxwell revelaram a profunda união entre eletricidade e magnetismo, teorias consideradas distintas e independentes durante milênios.

A resenha abaixo foi retirada do site Ciência à Mão que com certeza merece um servidor mais rápido, não entendo porque este site é tão lento!

Usando o gênero ficcional, a leitura cativa o leitor desde suas primeiras páginas, ao transportá-lo para uma cidadezinha do interior do Brasil, onde folclóricos personagens como o encrenqueiro João Quati, o sábio prof. Philadelpho, o tímido poeta Hermes, o inventor juvenil Austeclíneo e o brilhante prof. Rocha, físico treinado na Europa, revelarão sob o olhar atônito de seus habitantes, as idéias inovadoras desses dois cientistas que transformaram o mundo. Em particular o último capitulo denominado Fim? leva o leitor a supor que trata-se de um livro autobiográfico tal a forma emocionante com que é escrito.

Do ponto de vista da divulgação científica Faraday & Maxwell é um modelo a ser seguido. Unindo rigor científico e linguagem atraente, Luz sobre os Campos tem o mérito de despertar a curiosidade e o espírito científico em seus leitores, ao mostrar como a Ciência e a Educação podem transformar a vida de todos nós.

A Editora Odysseus reitera o convite do Professor Rocha quando diz "não existir um lugar tão pequeno ou tão distante que não tenha pessoas cuja curiosidade e inteligência não os levem onde a mente quiser. A ciência não está lá, distante, mas aqui, se assim o desejarmos. Não se esqueçam que ela pode ser uma fantástica aventura individual, mas que só se realiza como obra coletiva. Eu queria convidar a todos que se interessarem pela ciência, pela cultura ou pelo conhecimento em geral, a perseverar."

Astronomia - Sistemas de coordenadas


Uma forma interessante de observar os movimentos dos astros em relação a Terra é observá-los em vários dias ao longo do ano, sempre no mesmo horário. Desta forma eliminamos o movimento de rotação terrestre. Vejamos por exemplo o movimento do Sol.




Mas por que o Sol descreve essa trajetória no céu? Observe a imagem acima com atenção. Note que a posição do Sol ao longo do ano varia  "para baixo" e "para cima" (Norte e Sul), de acordo com as estações, mas também para direita e para a esquerda (Leste e Oeste).

Para melhor qualificar observações, é preciso definir grandezas físicas e unidades de medida. O objetivo aqui é medir posição. Para medir posição será necessário definir um referencial. Além do referencial é necessário definir um sistema de coordenadas. Vários sistemas de coordenadas podem ser utilizados para medir posição dos astros. Um desses sistemas de coordenadas é o sistema horizontal.

O sistema horizontal é um sistema local. As coordenadas azimute e altura dependem do lugar e do instante da observação. Essas coordenadas são:
  • Azimute (A): é o ângulo medido sobre o horizonte, no sentido horário, com origem no Norte geográfico e extremidade no círculo vertical do astro. O azimute varia entre 0° e 360°.

  • Altura (h): é o ângulo medido sobre o círculo vertical do astro, com origem no horizonte e extremidade no astro. A altura varia entre -90° e +90°. 
Utilizando este sistema é possível qualificar melhor as observações. Por exemplo:

A posição do sol em Curitiba no dia 22/09/2012 às 14h37min foi A=56,98° e h=316,93°.


Referências:

O problema do ensino da órbita da Terra  - http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol4/Num2/v4n2a06.pdf
Sistemas de coordenadas em astronomia - http://astro.if.ufrgs.br/coord.htm